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domingo, 24 de abril de 2011

Qual o sabor da Páscoa para você?

Coelho não coloca ovos, muito menos de chocolate. Mas os ovos de Páscoa são o assunto do momento. O domingo passou e você deve ter ainda em sua geladeira um bom estoque de chocolates resultante da comemoração. Mas que comemoração foi essa? Por que comemorar a Páscoa?

A Páscoa foi comemorada inicialmente bem antes de Jesus vir à Terra. Foi por volta de 1250 a. C., quando os judeus foram libertos e resgatados do Egito.

Páscoa, na língua hebraica é pessach, que significa passagem ou passar por cima. E esta idéia está implícita em versos que referendam a esta festa em Êxodos 12.11,23,27. Remete à passagem da escravidão para a liberdade.

A páscoa era comemorada com a morte de um cordeiro no dia 14 de Abibe (cf. Êx13.4). Abibe significa espigas verdes e corresponde ao primeiro mês do calendário hebraico, no caso, abril.

O cordeiro pascoal era separado no décimo dia de Abibe (abril) e examinado minuciosamente antes do seu sacrifício no dia 14 de Abibe. O cordeiro da Páscoa era submetido a um exame pelos sacerdotes que o julgavam, com base no exame de sua perfeição, apto para ser sacrificado.

Quando Lucas registra a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém poucos dias antes da crucificação, o faz exatamente na hora em que o povo estava trazendo os seus cordeiros pascais para serem examinados pelos sacerdotes.

Quando lemos o relato de Mateus 22 do verso 15 ao 46, encontramos Jesus, o Cordeiro de Deus, sendo examinado pelos herodianos, saduceus, escribas e fariseus e nenhum deles conseguiu achar nele nenhum defeito que o incriminasse e eles mesmos ficaram sem condições de responder-lhe nenhuma palavra ( cf. Mt 22:46).

A lei dizia que o cordeiro teria que ser sem defeito algum, senão, ele não poderia ser sacrificado ao Senhor (Dt 15:21). Jesus foi achado sem defeito diante de todos depois de profundo exame e só depois foi crucificado. Ele é o Cordeiro perfeito que tirou o pecado do mundo!

Repare como a lei judaica, como bem diz a Palavra, era uma sombra dos bens vindouros ao compararmos a figura de linguagem do cordeiro, animal que seria sacrificado na comemoração da libertação do povo, com o Cordeiro de Deus, Jesus, que foi sacrificado e pelo Seu sacrifício nos libertou do império das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do Seu Amor.

Assim entendemos que Deus tinha um propósito. Não mais sacrifícios de animais, derramamento de sangue de cordeiros, novilhos etc. O único sangue capaz de purificar e libertar de uma vez por todas deveria ser o sangue de um cordeiro perfeito. O Cordeiro de Deus: Jesus, o Senhor!

A Páscoa é comemorar a nossa passagem das trevas para a luz, que se deu quando entregamos a nossa vida a Jesus e o confessamos como nosso Senhor e Salvador. Foi a nossa libertação. Libertação do Egito espiritual em que vivíamos sem Deus, sem comunhão com o Senhor.

A Páscoa é comemorar o sacrifício de Jesus na Cruz. Se na lei judaica, para celebrar a libertação das mãos de faraó o povo sacrificava e comia um cordeiro sem defeitos, na Graça, ou seja, na manifestação do amor incondicional de Deus e de Sua salvação, a nossa comemoração é comer do Cordeiro. Comer do corpo e beber do sangue de Jesus. Como Ele mesmo disse: aquele que não comer do meu corpo e não beber do meu sangue não terá parte comigo.

Essa é a nossa Ceia, a nossa Páscoa. Comer do corpo e beber do sangue de Jesus é comer da Palavra Dele e ser lavado pelo sangue Dele, ou seja, receber o sacrifício de Jesus como o único capaz de aperfeiçoar e salvar do pecado e de todo mal.

Se Cristo é a nossa páscoa, não faz sentido comemorarmos com ovos e nem coelhinhos, tampouco com sacrifício de animais, nem abstenção de comer carne vermelha, mas através do sacramento ordenado por nosso Senhor Jesus Cristo, a ceia do Senhor.

"E disse-lhes: Desejei muito comer convosco esta páscoa, antes que padeça; porque vos digo que não a comerei mais até que ela se cumpra no reino de Deus e, tomando o cálice, e havendo dado graças, disse: Tomai-o, e reparti-o entre vós; porque vos digo que já não beberei do fruto da vide, até que venha o reino de Deus e, tomando o pão, e havendo dado graças, partiu-o, e deu-lho, dizendo: Isto é o meu corpo, que por vós é dado; fazei isto em memória de mim. Semelhantemente, tomou o cálice, depois da ceia, dizendo: Este cálice é o novo testamento no meu sangue, que é derramado por vós." (Lc 22: 15- 20).

Neste episódio, ocorrido pouco antes da prisão e morte de Jesus, Ele introduz naturalmente a Ceia como substituta da festa pascoal do Antigo Testamento. Se observarmos, esta evidente que o Senhor não terminou a refeição pascoal antes de instituir a Ceia, antes, a ceia esta intimamente ligada à refeição pascal.

A nossa celebração da ceia, tão como foi a primeira celebração da páscoa pelos hebreus, declara que Cristo não virá nos livrar da opressão deste mundo, mas Ele já nos libertou!

Quando ceiamos com o Senhor, estamos anunciando que Ele nos libertou deste mundo de angústias e que enquanto Ele não vem, estaremos protegidos do inimigo das nossas almas por efeito do seu Sangue que foi aspergido sobre sua igreja e com a presença incondicional do Espírito Santo, o Consolador.

Em nossos dias os ovos de chocolate e os coelhinhos de chocolate são os preferidos da garotada e também dos adultos. Afinal, chocolate é uma coisa muito gostosa e o mercado se ocupa de oferecer novidades deliciosas. Nada contra quem curte um chocolate e aproveita essa época para saborear novidades que em outras épocas do ano não estão à venda. Mas se você for comer um chocolate, seja em formato de ovo, de coelho, de bombom, ou em barra, entenda que é apenas um chocolate. Um alimento que não tem nada a ver com a Páscoa.

Atribuir o chocolate à Páscoa é a mesma coisa que dizer que o Papai Noel é o motivo do Natal. Tudo vira comércio. Não sou contra no Natal trocarmos presentes. Mas estamos trocando presentes porque estamos feliz por Jesus ter sido enviado a nós e não porque um "bom velhinho" resolveu pegar o trenó dele para distribuir presentes.

Portanto, se quisermos comprar ovos de chocolate, façamos isto como quem compra chocolate e não com reverência pascoal. A história de que o ovo significa nascimento ou renovação e o coelho remete à multiplicação, por ser um animal que se reproduz em grande quantidade, é um conto de fadas que foi introduzido misturado com práticas cristãs para simbolizar a capacidade da igreja multiplicar discípulos de Cristo.

Que o Senhor nos revele a Sua vontade e que estejamos abertos para fazer a vontade Dele, entendendo e comemorando a Páscoa com o seu real significado. Sejamos libertos de fábulas, porque a Verdade liberta.

"Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão." (Gálatas 5:1)

Se você não tinha entendido ainda o verdadeiro sentindo de se comemorar a Páscoa, não se preocupe! Comemore todos os dias porque Jesus vive para sempre! E coma seus chocolates em paz, mas entendendo que essas delícias não têm nada a ver com o real sentindo da libertação de todo o mal que só o Senhor Deus pode dar.

A verdadeira Páscoa tem sabor de vitória, pois Jesus ressuscitou, Ele venceu a morte! E nos deu vida e vida em abundância! Ele restaura nossas vidas, nossos sonhos!

Que a Paz do Senhor preencha a sua vida e de sua família e o sentindo da Páscoa seja com você por todos os dias. Com ou sem chocolate!














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